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Segundo o dicionário "Priberam", duas das hipóteses de sinonímia para a palavra "traste" são:
Pessoa em quem não se deve confiar.
São estes os sinónimos que melhor se adequam a Christine Lagarde, directora-geral do FMI. Numa entrevista ao Guardian em relação à crise na Grécia, saiu-se com estas afirmações entre outras: “Penso mais nas crianças de uma escola numa pequena aldeia no Níger que têm duas horas de aulas por dia e têm de dividir uma cadeira por três”, comparou Lagarde quando questionada sobre como conseguia não pensar nas mães que não têm acesso a parteiras ou em pacientes que não conseguem obter medicamentos de que precisam para sobreviver. “Tenho-as sempre na minha mente, porque acho que precisam mais de ajuda do que as pessoas em Atenas.”
Christine Lagarde não tinha que fazer este tipo de comparação para dizer que os gregos devem pagar os seus impostos. Esta sua verborreia só demonstra a sua insensibilidade, e que não está no posto que ocupa com o voto de nenhum europeu (pelo menos, que me lembre, eu não votei nela!), mas, embora todos saibamos que está na prossecução de outros interesses que não os humanísticos, devia pelo menos tentar defender e condoer-se com os males dos europeus não com os dos africanos, embora todos reconheçamos as dificuldades destes e tenhamos, quiçá, contribuído alguma vez, de alguma forma, para amenizar as suas dificuldades.
Fazendo uma comparação com o que os portugueses estão a passar, com a corrupção e economia paralela que grassam e se propagam devido à crise, não se lembre esta madame, também por cá, tomar a parte pelo todo, isto é, estão os que sempre descontaram e nunca puderam fugir ao fisco (função pública), bem como os que se aposentaram com a situação contributiva em dia, a pagar a crise ao quadrado, com cortes nos subsídios, vencimentos e pensões!
Com o seu ar seco, de quem só vê números e não seres humanos, entre eles crianças e idosos a quem os direitos sociais estão a ser drasticamente sonegados, assistindo-se a um nível de suicídios nunca antes visto nas classes sociais baixa e média (nunca no nível social que esta dama representa), a fulana fez-me lembrar a palavra "traste". Porque terá sido?......será porque representa bem quem a lá pôs????..........
2 comentários:
Não se pode comparar o incomparável!
Que as crianças de África nos merecem toda a atenção é verdade mas o que se está a passar na Europa também tem que desassossegar esta senhora!
Abraço
É precisamente essa a questão, Rosa dos Ventos. O que se passa na Europa é que a deve preocupar em primeiro lugar.
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