Pensei que o PR tivesse jurado cumprir e fazer cumprir a Constituição da República e, como tal, fosse o garante do seu cumprimento, custasse o que custasse, doesse a quem doesse. Apesar de alertar o governo que os sacrifícios não estavam a ser equitativos, deixou que se publicasse o OE, sem pedir a fiscalização preventiva do mesmo, sendo, pois, cúmplice das ilegalidades do governo, nomeadamente nos cortes dos subsídios à função pública e aposentados. Avisou? Pois avisou, mas consentiu! Consentiu que alguns pagassem pelo todo! Diga o que disser, por mim as suas justificações só o penalizam.
Na passada quinta feira, finalmente, o TC tornou público o acórdão em relação aos costes nos subsídios, a destempo e a desmodo. A destempo, porque muito oportunamente o mês de pagamento dos subsídios à função pública já passou (aos aposentados seria este mês). A desmodo, porque tem a preocupação de salvaguardar a posição do (des)governo, ao constatarem que uma vez que o OE 2012 já foi aprovado, este ano não há nada a fazer. Ao tomarem esta posição, embora reconhecendo a inconstitucionalidade do documento neste parâmetro, estão a pactuar com a gentalha que nos (des)governa. E eu (estúpida!) a pensar que o TC obrigaria a repôr a legalidade no que é inconstitucional. Afinal, os meretíssimos juízes deste órgão estão a ser pagos para tomarem uma decisão política ao pactuarem com o governo. Veremos o que nos calha na rifa aquando da nova avaliação da troika (com os três mosqueteiros a virem cá rapar-nos uns largos milhares de cada vez que avaliam esta desgraça!), mas não se espera nada de bom. Afoguem mais o poder de compra dos cidadãos que assim a economia evolui...para a cova!....
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