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O início do ano lectivo arrancou de forma coxa e atamancada, com um propósito supremo: desvincular professores que até ao momento estavam a contrato há um sem número de anos. Isto porque a visão dos desgovernantes é afunilada no que à equidade diz respeito: uma entidade privada pode renovar contrato ao mesmo funcionário por tês períodos consecutivos, findos os quais se a vaga se mantiver terá de o passar definitivamente para o seu quadro. O "cumpridor" Estado, ou quem o dirige, renova contratos ad eternum, sem cumprir esta legislação. Ora, consequentemente, há docentes há 20 anos ou mais a trabalhar a contrato - e os sindicatos têm consentido esta indignidade! Dentre esses docentes, há uns anos a esta parte, há ainda os "saltitões", ou seja, aqueles contratados que no 1º CEB (e por vezes também no pré-escolar) andam de escola em escola para completarem horário com as AECs (Actividades de Enriquecimento Curricular), e os sindicatos têm fechado os olhos a este tipo de contratação low cost de docentes. Dessas actividades constavam até agora o Estudo Acompanhado e o Inglês como oferta obrigatória, sendo que as restantes (Música, Educação Física, Educação Visual, Dança, Espanhol...) fazem parte da escolha opcional de cada agrupamento de escolas em consenso com as associações de pais e outras entidades. O supra sumo da Educação do País, resolveu no início deste ano lectivo acabar com a obrigatoriedade da disciplina de Inglês nas AECs do 1º CEB, quando está pedagogicamente comprovado que é a idade ideal para, de forma lúdica, se aprender uma segunda língua. Hoje, numa pirueta circense, o supra sumo vem dizer que a disciplina de Inglês irá passar a fazer parte do currículo do 1º CEB. Joga-se, assim, com a vida e carreira de docentes como se fossem coisas descartáveis e os sindicatos nem bulem. As grandes manifs de outros tempos estão na prateleira por medo dos sindicalistas (não vá o diabo tecê-las e não tenham eles de voltar a dar aulas e, em última instância, terem de fazer o exame de admissão para o reingresso na carreira!), assim como por falta de poder económico dos docentes que não se podem dar ao luxo de perderem o vencimento de um dia de trabalho. Mas, pior que tudo é a insegurança das famílias e dos alunos um pouco por todo o País, graças a este(s) ignorante(s) que se afirma(m) supra sumo(s) de coisa nenhuma!... Neste momento, famílias, alunos e professores já estão todos no mesmo patamar de revolta!... e mais não digo, o assunto tem pano para o manto de um qualquer D. Sebastião que nos salve!....
2 comentários:
Sabes amiga, já ando sem forças para aguentar tanta cretinice! :-((
Abraço
E eu ando a ficar igual, amiga. Acho que nos vencerão pelo cansaço.
:(
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