sábado, 12 de junho de 2010

O Excomungado!...

Sa(n)tã Inquisição
Passará a ser este o cognome de Cavaco Silva. A ICAR, num dos seus diversos exercícios de overdose de poder, e de meter a colherada onde não é chamada, vem, juntamente com a direita conservadora, puxar o tapete ao PR, primeiro pela boca do cardeal-que-não-é-cerejeira-mas-gostava-de-ser e, seguidamente, por todos os vassalos que através da homilía fazem política, em vez de boas práticas religiosas. De boas práticas se constrói um mundo melhor, mas é aquilo que a ICAR teima em não reconhecer, pois por sua vontade o PR vetava a lei do "casamento" homossexual. Posteriormente, quando a lei baixasse novamente à Assembleia da República, se esta teimasse no assunto, o PR poderia sempre dissolvê-la. E pronto, o País governa-se assim a bel-prazer da ICAR, que promove a dissolução da AR sempre e quando as leis vão contra o que apregoa mas não pratica.

O chefe da ICAR em Portugal está, ele sim, a passar um atestado de menoridade mental a todo um Povo, quando mete no mesmo saco casamento e matrimónio, mandando os seus ecos fazerem o mesmo. Casamento é um contrato. Também se assinam com os bancos e terminam. Também se assinam com as entidades patronais e aí sim, é mau quando terminam a mando desta. Matrimónio, esse sim, diz respeito à igreja e aí, que se saiba, o Estado não meteu a foice. Porque raio há-de a ICAR meter a foice em seara que não lhe pertence?
Prepare-se, pois, o PR, porque vai ter a inquisição actual à perna, procurando os seus promotores, a todo o custo, avançar com mais um candidato da sua área ideológica. Se fosse hoje, Cavaco Silva ganharia. Daqui até lá, pode ser que se decida ir a banhos para o Algarve e mandar tudo às urtigas.

2 comentários:

afigaro disse...

Direi apenas, que sempre gostei da separação de poderes. Infelizmente a nossa Igreja Católica está como no tempo do unha grande. Rezava pelos filhos das portuguesas, que faziam a guerra das colónias e esquecia-se que as mães africanas das nossas colónias também sofriam com essa mesma guerra. Enfim, uma Igreja retrógrada que teima em não acertar o passo e a tratar os seus fiéis, como se a maioria não evoluísse. O povo adquiriu cultura e sabe escolher os seus líderes.
A ICAR em Portugal sempre gostou de estar com o poder, esquecendo-se de denunciar casos de injustiça social, em prol do bem-estar acomodado de todo o clero.
Em resumo direi "cada macaco no seu galho".

maria mar disse...

Uns macacos têm pouco equilibrio, outros pouco juizo e, vai daí vão parar aos galhos dos outros.
;)
Bjocas