sábado, 18 de fevereiro de 2012

A (i)moralidade da ICAR


A 6 de outubro de 2007, Monsenhor Luciano Guerra então reitor do Santuário de Fátima, deu uma entrevista que surgiu no suplemento Notícias Magazine do DN onde ultrajou as mulheres, coisa que a ICAR sempre primou em fazer, considerando-a como "a costela de Adão", como um ser subserviente que existe para servir o marido (ser dominante a quem tudo é permitido!) e os filhos. Dessa entrevista sobressai o seguinte excerto:
Notícias Magazine: "Na sua opinião uma mulher que é agredida pelo marido deve manter o casamento ou divorciar-se?"
Resposta de Monsenhor Luciano Guerra - "Depende do grau de agressão!"
NM: "O que é isso de grau de agressão?"
Resposta: "Há o indivíduo que bate na mulher todas as semanas e há o indivíduo que dá um soco na mulher de três em três anos;"
NM: "Então reformulando a questão: agressões pontuais justificam um divórcio?"
Resposta - "Eu, pelo menos, se estivesse na parte da mulher que tivesse um marido que a amava verdadeiramente no resto do tempo, achava que não. Evidentemente que era um abuso, mas não era um abuso e gravidade suficiente para deixar um homem que amava."

Hoje, surgem na comunicação social as declarações de D. Manuel Monteiro de Castro, que se encontra em Roma desde 1961 e que agora se tornou cardeal no Vaticano, afirmando que "A mulher deve poder ficar em casa, ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira que possa aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos filhos".
Já agora, sr. cardeal, conhece alguma empresa que aceite este tipo de contrato laboral com redução de horário de trabalho para mães? Consequentemente, qual o horário ideal para formação de filhos? E para trabalhar? Por outro lado, reconhece claramente a incapacidade do homem na formação dos seus rebentos? ou está exclusivamente destinado aos homens trabalhar para sustentar a casa e a prole, como no início do século passado?
Estas afirmações não passam de mais do mesmo, provenientes daqueles que frequentaram a mesma escola, que acham qua a mulher existe para ficar reclusa em casa às ordens do marido, a criar e educar os filhos que Deus lhe deu, sem direitos, mas com deveres. Noutros países chamam a gente com este pensamento "talibãs", por cá chamam-lhes cardeais e monsenhores.

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