in DN
..."a proposta de redução na percentagem de 20 por cento dos subsídios de residência decorre do facto de os mesmos beneficiarem de não tributação em IRS, ao contrário de outros para os quais se prevê taxa inferior mas são, adicionalmente, tributados". Porque vão perder 20% do subsídio de residência, a intocável classe dos juízes manifesta a sua indignação. Mas mantêm os restantes 80% não tributados em sede de IRS e, isso sim, é motivo de indignação para o resto da população que tem de pagar do seu bolso as telhas onde se abriga e que, se por acaso mudar de local de residência, não recebe nenhum subsídio de (re)alojamento. A ASJP continua a barafustar da decisão do Governo, enquanto os restantes cidadãos a acha muito normal e justa mas, para a ASJP a justiça dos cortes nos orçamentos das famílias, só será de aplicar aos outros, aos que estão fora da sua classe de elite.
É coisa decorrente da democracia a possibilidade de uma classe profissional poder organizar-se em sindicato, mas não se entende a razão pela qual um dos poderes (judicial) tem de o fazer. Nessa óptica, não faltarão os sindicatos dos outros poderes? o sindicato dos deputados, dos ministros e dos presidentes da república, por exemplo? e se calhar ainda mais algum que me escapa.
Portugal precisa de juízes que zelem pelo Estado de Direito, e trabalhem em função de uma justiça atempada, não de juízes corporativistas que procuram servir-se a eles próprios através do Estado que é de todos.
1 comentário:
E eu?!
Até tenho deitado umas lagrimitas... :-))
Abraço
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