sábado, 16 de janeiro de 2010

Que raio!...

cravo e ferradura in DN 2010-01-16
Não se entende que raio de critérios de avaliação (hoje em dia que tanto se fala disso!) utilizou Cavaco Silva, para decidir condecorar Santana Lopes na próxima terça-feira com a grã-cruz da Ordem de Cristo, que distingue "destacados serviços prestados ao País no exercício das funções dos cargos que exprimam a actividade dos órgãos de soberania ou na administração pública, em geral, e na magistratura e diplomacia, em particular". Uma coondecoração que vai ao arrepio do que demonstrou pensar há seis anos, quando fez a avaliação do trabalho desta personagem durante os seus quatro meses de governação, a seguir à fuga de Durão Barroso. Cada vez mais me parece que o PR usa as mesmas tricas e truques de todos os outros políticos em geral, não se preocupando muito com a credibilidade e coerência inerentes ao seu cargo e à sua pessoa, isto tendo em conta o seu artigo de há seis anos no Expresso, versando Santana Lopes, sob o título "A má moeda expulsa a boa moeda". A não ser que o PR continue a achar que os maus políticos continuam a expulsar os bons políticos e, aí, há que condecorar Santana. Assim sendo, a atribuição desta condecoração obedece, pois, a um critério rigoroso.Veremos no que dá este reconhecimento público de confiança política do PR nesta personagem. Eu cá acho que sei...mas não digo!

3 comentários:

mlu disse...

Eu acho que os critérios, as prioridades e a capacidade de discernimento do sr. PR...está tudo baralhado! E os conselheiros? Funcionarão bem, ou ele não os ouve?
Não houve ninguém que recusasse ser condecorado na mesma cerimónia? Foi pena!...

Rosa dos Ventos disse...

O critério é o de todos, mas todos os primeiros-ministros levarem com a condecoração!
Ainda nenhum a recusou...
Fica muito bem dentro de uma "vitrine", digo eu que nunca vi nenhuma... :-))

Abraço

mlu disse...

O critério até pode ser esse, igual para todos, mas não devia precisar de tais adjectivos a justificá-lo. Dá mais nas vistas a incongruência. A má moeda tornou-se boa de repente!