segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A moralista

Carlos Laranjeira
Ontem, no discurso de encerramento da Universidade de Verão, MFL voltou a reflectir em voz alta sobre os casamentos e as uniões de facto, afirmando que "Nos últimos anos... Diluíram-se pilares da sociedade como a família e o casamento, para impor a vontade da lei onde devia prevalecer a liberdade individual.".
Penso que realmente a vontade individual quer nos casamentos, quer nas uniões de facto ainda prevalece acima da lei, apesar de esta srª afirmar o contrário. Casa quem quer, vive em união de facto quem quer, e isto é indiscutível. Se o casamento pressupõe a assinatura de um contrato e, presentemente, já um rápido divórcio, nas uniões de facto já assim não é, não existe um vínculo escrito, embora haja um consentimento tácito, direitos adquiridos se assim o entenderem e divórcio...
É por MFL chamar radicalmente ao "casamento e família" pilares da sociedade que esta passa a ser uma verdade irrefutável? Para esta srª quem vive em união de facto não vive em família, quem opta por viver sozinho passa a ser excluído, se viverem com o cão ou o gato são párias da sociedade, porque a família pode ser chata, irresponsável, delinquente mas é família e há que gramá-la sem arredar pé! pois se até nem existe o dom da escolha!... e se for a família cavaco-leite-loureiro-oliveira-etc-e-tal existe a grande capacidade de gerar os "pilares" genéticos adequados à garantia tanto da anterior como da futura governabilidade do País. Compreende-se, falava para algumas dezenas de jovens que ainda acreditam no Pai Natal!
Enfim, de falsos moralismos há por aí muitas arcas cheias!...e com bastante naftalina!!!

3 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Como é que esta senhora não continuou a suportar o pilar da sociedade e se divorciou?

Abraço

maria mar disse...

Pois...o pilar apodreceu e ruiu. É como Frei Tomaz...

João Caldeira Heitor disse...

Se soubessem o que ela escreveu na fita de final de curso do filho, até percebiam a natureza da Senhora.
Ela não tem culpa. A Senhora é assim. Culpa terão os militantes do PSD que nela votaram para liderar um partido que na democracia portuguesa é e constitui alternância. Mas, lá está, essa também é uma questão do PSD...